quinta-feira, 14 de julho de 2016

Maneio alimentar do Pinto

Avançar com a decisão de criar animais para consumo implica ter a consciência de que vão consumir o animal ou os produtos que dele derivam, dando seguimento à chamada cadeia alimentar.

As aves são das opções mais comuns para consumo caseiro, seja como frangos de corte ou para postura de ovos, sendo normalmente adquiridas numa fase juvenil.


O pinto, na denominação comum, tem necessidade de cuidados especiais na sua alimentação, requerendo sobretudo uma ração com elevado teor em proteína, na ordem dos 20 – 25 %, um maior aporte de minerais e suplemento de metionina. Igualmente importante é a incorporação de coccidiostático na fórmula da ração.

O coccidiostático é um aditivo que visa a prevenção da Coccidiose – doença causada por um protozoário (Eimeria sp), que tem uma elevada incidência em animais jovens.

O quadro clínico é característico, sendo que os animais afetados apresentam-se debilitados, com perda de peso, perda de apetite e têm diarreia aquosa, amarelada, mucosa e com sangue.

Esta doença é das principais causadoras de taxas elevadas de mortalidade nos bandos, propagando-se facilmente.

A transmissão ocorre por via oral-fecal, sendo necessária uma limpeza/desinfeção cuidada das instalações e tempo de vazio, até à colocação de um novo bando num espaço que previamente estava contaminado.



Uma vez que a ave juvenil necessita de uma fórmula completa com uma composição complexa, é aconselhável o fornecimento de um alimento composto completo – como, por exemplo, a A104 em formato de Migalha.

Igualmente importante de referir, é que este alimento em específico tem um uso recomendado para aves até às 4 semanas de idade.

Atenção que o animal não o deve consumir até pelo menos uma semana antes do seu abate. Deste modo, deve ser cumprido o intervalo de segurança necessário para o consumo da carne de frango resultante como parte da alimentação humana.

MV | Filipa Severo

Vitor Pereira – Rações, Unipessoal, Lda.