Avançar
com a decisão de criar animais para consumo implica ter a consciência de que vão
consumir o animal ou os produtos que dele derivam, dando seguimento à chamada cadeia alimentar.
As
aves são das opções mais comuns para consumo caseiro, seja como frangos de
corte ou para postura de ovos, sendo normalmente adquiridas numa fase juvenil.
O
pinto, na denominação comum, tem
necessidade de cuidados especiais na sua alimentação, requerendo sobretudo uma ração com elevado teor em proteína, na
ordem dos 20 – 25 %, um maior aporte de minerais e suplemento de metionina.
Igualmente importante é a incorporação de coccidiostático
na fórmula da ração.
O
coccidiostático é um aditivo que visa a prevenção
da Coccidiose – doença causada
por um protozoário (Eimeria sp), que
tem uma elevada incidência em animais jovens.
O
quadro clínico é característico,
sendo que os animais afetados apresentam-se debilitados, com perda de peso,
perda de apetite e têm diarreia aquosa,
amarelada, mucosa e com sangue.
Esta
doença é das principais causadoras de taxas elevadas de mortalidade nos bandos, propagando-se facilmente.
A
transmissão ocorre por via
oral-fecal, sendo necessária uma limpeza/desinfeção
cuidada das instalações e tempo de vazio, até à colocação de um novo bando num
espaço que previamente estava contaminado.
Uma
vez que a ave juvenil necessita de uma fórmula completa com uma composição
complexa, é aconselhável o fornecimento de um alimento composto completo – como, por exemplo, a A104 em formato de Migalha.
Igualmente
importante de referir, é que este alimento em específico tem um uso recomendado para aves até às 4 semanas
de idade.
Atenção que o
animal não o deve consumir até pelo menos uma semana antes do seu abate. Deste
modo, deve ser cumprido o intervalo de
segurança necessário para o consumo da carne de frango resultante como
parte da alimentação humana.
MV
| Filipa Severo
Vitor
Pereira – Rações, Unipessoal, Lda.